Subsídios para uma história de Iúna (1814 - 1930): fontes comentadas

Descrição

Vários são os iunenses, de diferentes status sociais e níveis intelectuais (uns já mais velhos, outros ainda jovens), que, vez ou outra, crendo-me sabedor de nossa história, procuram-me em busca de alguma informação sobre o passado histórico de nosso Município. Um dia, é um estudante, aflito, que precisa desincumbir-se de uma tarefa escolar sobre o município e não encontra a bibliografia necessária, que vem bater à minha porta; outro, é um professor, responsável no desempenho de seu mister, que almeja aperfeiçoar seus conhecimentos, para melhor trabalhar, que também vem a mim em busca de algum socorro intelectual; outro ainda, é um político que necessita de argumentos de natureza histórica para ilustrar um discurso que vai proferir que me chega batendo em minhas costas e me pedindo ajuda. E há até mesmo pessoas do povo, interessadas na verdade histórica da vida político-administrativa do município, que me abordam, às vezes na rua, me fazendo as mais diferentes perguntas sobre Iúna de antigamente, o antigo Município de Rio Pardo de tantas lutas e de tantas glórias.

[...]

E por esta razão, somente por esta razão, senti-me na obrigação, como intelectual filho do sagrado chão rio-pardense, de investigar a história e escrever este resumo, para que sirva de consulta àqueles que querem saber um pouco como foi o início da trajetória político-administrativa de Iúna, nos primórdios de sua colonização. Por ora, pesquisei e escrevi, resumidamente, até o fim da República Velha, em 1930. Na verdade, escrevi pouco, pois preferi dar voz aos próprios documentos pesquisados, transcrevendo-os, integralmente, dadas a clareza e objetividade de cada um deles.

Portanto, este “Subsídios para um história de Iúna (1814 - 1930): fontes comentadas” é bem mais uma compilação de documentos transcritos do que uma narrativa propriamente dita. Fosse eu interpretar e narrar todos os documentos que encontrei, tornar-se-ia muito extensa e cansativa esta “História de Iúna”, o que achei - e acho - desnecessário, em virtude da objetividade dos documentos aqui reproduzidos.

de Matusalém Dias de Moura.