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Pois não é que este livro se abre com uma lição de injusta — porém honesta — humildade? Uma súplica ao leitor que, ao ler os versos aqui contidos, não corre risco de não os apreciar. E, sim, deve guardá-los no coração porque tais versos nascem do coração — alheio —, sim, mas e daí que são do próprio poeta? Eis Alvarito Mendes Filho, em carne, ossos e poesia. Se os primeiros poemas do livro expressam o (re)nascimento daquele poeta de fins dos 70 no século que passou, os últimos mostram o homem espelhado em si mesmo, exposto como deve estar todo poeta que não finge nem tergiversa. Alvarito é sua poesia. Lembro-me bem de meados dos anos 1980, quando o conheci, em palavras e em pessoa, por meio de um amigo comum, Talmon Júnior, cuja irmã era professora de inglês — assim como o poeta exposto neste livro. Sim, pode apostar, leitor: há algo de inglês em vários poemas: da sobriedade intransigente de Keats ao autoconhecimento de Auden, passando — passo firme e convicto — pela linguagem contida do irlandês Seamus Heaney. Ao afirmar “Sou o outro, que de mim anda ausente, que não me conhece, pois nem eu a ele”, Alvarito vai ao píncaro a que todo poeta almeja: ver-se nos próprios poemas e, ao mesmo tempo, desconhecer-se. É a partir dessa dualidade que nasce a poesia pura, contundente — e honesta. Heaney é o melhor nessa especialidade.