Por que escrevo?
A vida me ensinou a escrever
e expressar o sentimento
Misturar as palavras no papel, ou
digitar inventando meu padrão
Para isso não precisa, ser preciso no
português ou ter muito conhecimento
Basta rimar, e jogar as letras
que vem do coração
Misturar bem vivência, razão e emoção
Não escrevo para Multidão
A poesia não pode ser como chuva torrencial
Que cai e escorre pelo chão
Deve ser feito gotas de chuva, que aos poucos infiltram em solos secos, tendo assim um sentido real
Se uma pessoa ler um texto e entender o recado
Já valeu a escrita, e mesmo se ninguém ler, ninguém entender
Ainda assim não foi desperdiçado, foi um sentimento que foi transbordado
E continuarei a escrever, a viver
Rimar palavras não é tão difícil, é fácil a achar os fonemas
Difícil é ser tão simples na vida
Juntar Felicidades, problemas, transformar em poemas
Usar palavras como remédio a curar ferida
Falar de coisas inerentes ao ser humano
Vida, morte, política, Amor, Felicidade, tristeza
Mas longe de mim, sonhar ser um Fernando Pessoa, Manoel Bandeira, Rubem Braga, não cometo esse engano
Também não polemizo o sagrado x Profano
Apenas levo a vida como poesia
Sigo minha estrada pescando palavras, como quem foi um dia Pescador
Vivo o dia a dia, sem em entrar em guerra fria
Transformo em texto o que penso e o que sinto, seja dor ou Amor
Aproveito as palavras, como pretexto, e
feito gotas de chuva e sinto seu sabor.
- Rodrigo Marvila Peçanha
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