Luciana Máximo
Não encontro palavra melhor para definir Luciana Máximo do que visceral.
Em seus textos, até a dor cotidiana se torna poesia.
Como já disse a amiga e também jornalista Célia Ferreira, ela escreve os obituários mais belos do mundo, dando voz e protagonismo a pessoas que, em vida, tantas vezes, e quase sempre, foram invisibiizadas.
Seu olhar não se detém em preconceitos. Talvez porque conheça, na própria pele, o peso da discriminação e da indiferença. E talvez daí nasça a força e a coragem de ver além da notícia: nas entrelinhas, nos silêncios, nas dores escondidas pela pressa do mundo.
Luciana é intensa, ousada, destemida. E, ao mesmo tempo, profundamente sensível. Brilha nos olhos a paixão pelo ofício de contar histórias reais, aquelas que transformam vidas comuns em páginas de memória e beleza, na vida e na morte.
Para ela, a notícia nunca basta. É preciso ir além. Sempre além. E é isso que ela faz novamente com esse livro que reflete quem ela é: uma pessoa generosa, com disposição para transformar o mundo através da sua escrita.
Anete Lacerda
Jornalista
